Professor Titular do Departamento de Filosofia do IFCS/UFRJ. Concluiu o mestrado em Filosofia pela UFRJ e o doutorado pela Universidade de Montpellier III, com a menção très honorable. Realizou de 2004 a 2005 um estágio pós-doutoral na Universidade Paris-Sorbonne. Suas pesquisas e publicações tratam de temas ligados à epistemologia das ciências humanas e à fenomenologia existencial e hermenêutica. É membro titular da Academia Fides et Ratio.
O movimento estruturalista atingiu seu ponto crucial quando Lévi-Strauss decidiu transpor o modelo linguístico criado por Saussure e aperfeiçoado por Jakobson para a etnologia, fundando assim a antropologia estrutural. Essa decisão provocou uma verdadeira revolução teórica e metodológica no seio das ciências humanas, e repercutiu profundamente na filosofia ao desencadear o famoso debate sobre “a questão do sujeito” que, por sua vez, animou a intelligentzia francesa nos anos 1960. Será que o estruturalismo, estudando a cultura como “um conjunto de sistemas simbólicos” produzidos inconscientemente pelo “espírito humano” ou, antes, pela “natureza humana”, provocou de fato a expulsão do sujeito dos fatos sociais e culturais? Defendemos, neste livro, a tese contrária. Em nosso entender, a filosofia estruturalista que nega a autonomia da consciência, ao considerá-la como uma espécie de reflexo das estruturas, projetou-se indevidamente sobre o método estrutural, o qual, como sustenta o próprio Lévi-Strauss, recorre necessariamente, em suas etapas compreensivas, à “experiência vivida do sujeito”.
Foi ainda uma linda oportunidade para reencontros, num ambiente que sintetiza uma paixão comum: livros e filosofia.
O Professor Ricardo Jardim reuniu diversos amigos, alunos e admiradores de seu trabalho, que tiveram a oportunidade de ter autografada a obra "O estruturalismo e a questão do sujeito: a formação do campo semiológico", fruto de longas pesquisas, estudos e reflexões.
Copyright © 2020-2024 derprocess.org
Todos os direitos reservados.